segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Dicas de Arnaldo Jabor


                                  




  Divórcio – Arnaldo Jabor


Arnaldo Jabor, artigo, Divórcio

Por Arnaldo Jabor



Meus amigos separados não cansam de perguntar como consegui ficar casado 30 anos com a mesma mulher.

As mulheres sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.

Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo.

Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue:

Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade.

Eu, na realidade já estou em meu terceiro casamento – a única diferença é que casei três vezes com a mesma mulher.

Minha esposa, se não me engano está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes que eu.

O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.

O segredo no fundo é renovar o casamento e não procurar um casamento novo.

Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal.

De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, seduzir e ser seduzido.

Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial?

Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?

Sem falar dos inúmeros quilos que se acrescentaram a você depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 kg em um único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo?

Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares novos e desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo, a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.

Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou o mesmo marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é a sua esposa que está ficando chata e mofada, é você, são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.

Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo circuito de amigos.

Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento.

Mas se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.

Não existe essa tal “estabilidade do casamento” nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos.

A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma “relação estável”, mas saber mudar junto.

Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado em fazer no inicio do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, porque não fazer na própria família?

É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo. Portanto descubra a nova mulher ou o novo homem que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo interessante par.

Tenho certeza que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso de vez em quando é necessário se casar de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.

Como vê, NÃO EXISTE MÁGICA – EXISTE COMPROMISSO, COMPROMETIMENTO E TRABALHO – é isso que salva casamentos e famílias.”



Texto de Arnaldo Jabor.

Quando devemos começar de novo


                                                     SEPARAÇÃO E RECOMEÇO



”Uma coisa é universal: quando se conhece alguém por quem se apaixona e depois se passa a amar, a última coisa que se pensa é na possibilidade da separação. E esse fato ocorre independentemente da orientação sexual do casal. Seja como for, são poucos os casais que permanecem juntos até que a morte os separe. Aí a gente cai no processo da separação que, dependendo do casal, envolve do emocional ao económico. É fato também que quem sofre é aquele que levou literalmente um “pontapé no cu”, uma vez que esse, com algumas excreções, ainda tem o outro como seu objecto de amor. Esse que sofre irá insistir, barganhar, encher o outro de telefonemas, cartas, e-mails etc etc. Geralmente essa atitude irá acabar irritando o outro e aí surgem as brigas, muitas vezes ofensas e por aí vai. Há casos que chegam aos extremos até da agressão física. Mas na maioria das vezes fica essa coisa da insistência de um e o desprezo do outro; fica a retomada de mágoas, uma luta entre duas pessoas que por um tempo, longo ou curto, trocaram juras de amor, se beijaram, se acariciaram, gozaram...

A separação, a perda do objecto amado sempre é dolorida e acompanha a raça humana, provavelmente, desde seu surgimento na face da terra. A dor, essa tem sido traduzida em palavras pelos poetas, musicada pelos compositores. Assisti um filme outro dia (não me lembro o título do filme), em que a mulher que foi abandonada pela outra diz algo assim: “será que conseguirei respirar novamente?”. Quando se perde alguém que se ama, surgem sentimentos, emoções, pensamentos que te levam para o fundo do poço. Tem-se a certeza de que não irá sobreviver a perda; fica-se sem chão; o ar desaparece; o sentido da vida se esvai. Dói, dói muito. Uma dor não-verbalizável, compreensível apenas por quem já perdeu alguém.

E quando se perde um amor surgem, com certeza, os bons conselheiros, geralmente pessoas próximas a você, com discursos do tipo: ela não te merece; ela está com outra; você é melhor do que ela; você tem que sair beijando por aí; ela não presta e blablablabla. Essas pessoas esquecem a sua sensibilidade, talvez por não conseguirem ver o outro sofrer. E quando se perde um amor, a única coisa que se quer é o seu objecto de amor de volta.

Ressignificar a perda é um processo que leva tempo, um tempo que irá variar de pessoa para pessoa. Não se deve se sentir culpada pelas lágrimas, pelos momentos em que ficou chorando, pelas cartas e e-mails escritos, pela tentativa de reconquistar o que foi perdido. Você ama e perdeu quem você ama. Não existe remédio, apenas um fórmula infalível: o tempo + um novo amor.

Você tem o seu tempo e só recomeçara quando estiver pronta internamente. Aí levantará a cabeça e voltará a caminhar. É um processo individual, no qual não cabe conselhos, hipocrisias.

O amor não é para sempre. Como o grande Vinicius de Moraes falou com propriedade: "Que seja eterno enquanto dure".

O importante é se ter força para recomeçar e, como vale a pena renascer, sair do fundo do posso.”

Lema para ser usado;  Não tente cavar em poços  secos! Busque uma fonte  limpa e cristalina que jorre ao menos cartões de créditos  a vontade!
 Quando o Amor  não existe mais ataque os cartões de credito   dele !  Vingue-se rsrsrs